-
Quando cheguei ao local não demorei a entrar, logo vi que estavam todos me olhando de uma maneira diferente, passei as mãos sobre a face, fechei os olhos por um momento, e todos haviam desaparecido, me toquei e percebi que eu ainda estava lá. Pensei que eu pudesse ter ido mal vestido, conclui, breve, que se quer havia intervindo no fato de ela ter ido antes de mim. Depois procurei as pessoas por todos os cantos e só haviam fundos e fundos conhecidos. Eu ainda estava em casa, ela não, já havia saído. Eu logo reconsiderei o convite, corri quintal portão rua, e, é, ela já havia mesmo saído. Após retornar, pingando suor, o chuveiro estava ligado, corri pra desligá-lo, ela ainda estava no banho! Respirei aliviado e fui me trocar, vesti-me de maneira casual, cruzei o corredor ainda exalando perfume, o suor havia desaparecido, o chuveiro desligado, e sobre a mesa descansavam panelas com comida destampadas e um bilhete: já saí, quando você chegar, coma, e dê comida aos cachorros. Ah, e se arrume. Descobri que eu nem havia chegado, se quer saído, de fato estava muito ansioso. Eu me trocara pra sair. Fiquei tranqüilo, tomei um banho e saí, quando cheguei não demorei a entrar, logo vi que estavam todos me olhando de uma maneira diferente, passei as mãos sobre a face, fechei os olhos por um momento, e todos haviam desaparecido, me toquei e percebi que ainda estava lá. Imaginei que estivesse atrasado, olhei o relógio que estava sem bateria, os ponteiros estavam preguiçosos, e saí correndo pra casa - ela ficaria bravissima comigo, pois, tínhamos uma festa. Quando cheguei, pingando suor, ela nem estava mais em casa, já havia saído, fui tomar um banho e lembrei que era meu horário, então ela nem chegara ainda, respirei aliviado. Terminei o banho e ouvi a campainha tocar, fui correndo atender, mas não era ninguém, já estava novamente suado, tomei um banho. Após isso fui à sala, exalando o perfume pelos corredores, e apertei o botão das mensagens da secretária eletrônica; era a voz dela: oi, chego logo, não esqueça de sair pra comprar ração pros cachorros e vinho. Atravessei o corredor e passei pela cozinha, sobre a mesa havia um prato com restos de arroz. Saí pra comprar o vinho antes que ela chegasse. Quando cheguei ao local não demorei a entrar, logo vi que estavam todos me olhando de uma maneira diferente, passei as mãos sobre a face, fechei os olhos por um momento, e todos haviam desaparecido, me toquei e percebi que eu ainda estava lá. Achei que estava muito calmo, e senti a sensação de que as coisas estavam se repetindo, de que o tempo estava circular, e de que eu me enxergava extremamente auto-referencial. Eu precisava de mais ânimo para ir a festa com ela, de mais aptidão com as palavras, e de sorte com os momentos, e então saí em disparada sem apertar muito o passo. Quando cheguei em casa, pingando suor, toquei a campainha, mas ninguém atendeu, eu esquecera a chave na sala e ela ainda não havia chegado. Esperei, esperei, e nada de ela aparecer, imaginei que ela já havia chegado, se arrumado, e saído, pensando que eu não fosse. Veio-me também a idéia de que eu pudesse ser uma contradição, de que só corria até o momento perdido, buscando algo que não poderia viver. Fiquei na calçada, desanimado, abri a garrafa de vinho, tomei quase toda, e comecei a fuçar a carteira. Depois de uns segundos achei o convite da festa, era um convite individual, simples, tive um refluxo contido, tomei a direção que estava escrita, suava, apertado em espectativas. Quando cheguei ao local não sabia se entrava ou não, demorei uns trinta minutos só pra decidir - eu era mesmo uma contradição - depois entrei e ninguém me olhava, nem me reconhecia, fechei os olhos por um momento, e todos ainda estavam lá, me toquei e percebi que eu é que não havia ido.
Quando cheguei ao local não demorei a entrar, logo vi que estavam todos me olhando de uma maneira diferente, passei as mãos sobre a face, fechei os olhos por um momento, e todos haviam desaparecido, me toquei e percebi que eu ainda estava lá. Pensei que eu pudesse ter ido mal vestido, conclui, breve, que se quer havia intervindo no fato de ela ter ido antes de mim. Depois procurei as pessoas por todos os cantos e só haviam fundos e fundos conhecidos. Eu ainda estava em casa, ela não, já havia saído. Eu logo reconsiderei o convite, corri quintal portão rua, e, é, ela já havia mesmo saído. Após retornar, pingando suor, o chuveiro estava ligado, corri pra desligá-lo, ela ainda estava no banho! Respirei aliviado e fui me trocar, vesti-me de maneira casual, cruzei o corredor ainda exalando perfume, o suor havia desaparecido, o chuveiro desligado, e sobre a mesa descansavam panelas com comida destampadas e um bilhete: já saí, quando você chegar, coma, e dê comida aos cachorros. Ah, e se arrume. Descobri que eu nem havia chegado, se quer saído, de fato estava muito ansioso. Eu me trocara pra sair. Fiquei tranqüilo, tomei um banho e saí, quando cheguei não demorei a entrar, logo vi que estavam todos me olhando de uma maneira diferente, passei as mãos sobre a face, fechei os olhos por um momento, e todos haviam desaparecido, me toquei e percebi que ainda estava lá. Imaginei que estivesse atrasado, olhei o relógio que estava sem bateria, os ponteiros estavam preguiçosos, e saí correndo pra casa - ela ficaria bravissima comigo, pois, tínhamos uma festa. Quando cheguei, pingando suor, ela nem estava mais em casa, já havia saído, fui tomar um banho e lembrei que era meu horário, então ela nem chegara ainda, respirei aliviado. Terminei o banho e ouvi a campainha tocar, fui correndo atender, mas não era ninguém, já estava novamente suado, tomei um banho. Após isso fui à sala, exalando o perfume pelos corredores, e apertei o botão das mensagens da secretária eletrônica; era a voz dela: oi, chego logo, não esqueça de sair pra comprar ração pros cachorros e vinho. Atravessei o corredor e passei pela cozinha, sobre a mesa havia um prato com restos de arroz. Saí pra comprar o vinho antes que ela chegasse. Quando cheguei ao local não demorei a entrar, logo vi que estavam todos me olhando de uma maneira diferente, passei as mãos sobre a face, fechei os olhos por um momento, e todos haviam desaparecido, me toquei e percebi que eu ainda estava lá. Achei que estava muito calmo, e senti a sensação de que as coisas estavam se repetindo, de que o tempo estava circular, e de que eu me enxergava extremamente auto-referencial. Eu precisava de mais ânimo para ir a festa com ela, de mais aptidão com as palavras, e de sorte com os momentos, e então saí em disparada sem apertar muito o passo. Quando cheguei em casa, pingando suor, toquei a campainha, mas ninguém atendeu, eu esquecera a chave na sala e ela ainda não havia chegado. Esperei, esperei, e nada de ela aparecer, imaginei que ela já havia chegado, se arrumado, e saído, pensando que eu não fosse. Veio-me também a idéia de que eu pudesse ser uma contradição, de que só corria até o momento perdido, buscando algo que não poderia viver. Fiquei na calçada, desanimado, abri a garrafa de vinho, tomei quase toda, e comecei a fuçar a carteira. Depois de uns segundos achei o convite da festa, era um convite individual, simples, tive um refluxo contido, tomei a direção que estava escrita, suava, apertado em espectativas. Quando cheguei ao local não sabia se entrava ou não, demorei uns trinta minutos só pra decidir - eu era mesmo uma contradição - depois entrei e ninguém me olhava, nem me reconhecia, fechei os olhos por um momento, e todos ainda estavam lá, me toquei e percebi que eu é que não havia ido.
6 comentários:
és un belo aragaticho
eu não postei anonimaaaa
Nossa, que viagem... muito bom.
Gostei, quando se lê parece realmente que há uma segunda pessoa, perfeito. :)
Naum entendi bulhufas...
nada...
Absolutamente...
Vc pode me explicar o q vc pensava enquanto escrevia???
Muita viagem ,mas é interessante ,creio q isso foi escrito com a mente e com o coração aberto ,e tudo q é feito com o coração justifica-se por si só.
parabéns,te admiro.
Postar um comentário