Quando escrevi Iolanda pela primeira vez eu estava deitado tendo visões estranhas de que alguém queria invadir o meu quarto, umas luzes azuis queriam me assustar como se fossem raios que desciam em forma de escadas obscuras com molduras em cor pelas paredes do meu quarto, e eu dobrava os pés bem devagar tentando me concentrar em algo. Aí me veio Iolanda.
Engraçado é que ela não falou comigo logo de cara, ela parecia bem tímida, e seus pés brilhavam como se pisassem em ouro, ou em moedas de ouro. suas mãos tocavam o ar como se ele tivesse cordas, seus olhos bocejavam o cansaço e sua boca piscava fazendo um ruído semelhante ao de um estalo em qualquer um dos dedos. Depois de um tempo eu lhe pedi que se aproximasse, ela deu dois passos e sorriu, nada disse. Senti que meus olhos pesavam e comecei a não consegui-los abrir.
Após isso comecei a falar com Iolanda enquanto compunha canções, ou desenhava, mas ela nunca me respondia. Eu sabia que alí estava, com a promessa de me levar para uma viagem no tempo, - os olhos dela me diziam isso, e por mais que eu os desenhasse, nunca ficava satisfeito.
Meu cachorro sem nome me disse que Iolanda não existia e que eu estava ficando louco, mas eu sempre o retrucava e lhe dizia que sua idade ( 14 anos) o estava colocando em uma posição caduca mais clara do que a minha.
De fato Iolanda havia saído da minha imaginação, mas meu cachorro não podia saber disso, aliás ele nem deveria falar sobre isso comigo. Eu lhe disse, antes de ele morrer, que Iolanda havia partido para uma viagem muito distante e que eu ficaria sozinho se ele morresse. Pois não é que o cachorro sorriu e retrucou de forma irônica: você é jovem, e mulheres gostosas são o que não faltam.
Após isso comecei a falar com Iolanda enquanto compunha canções, ou desenhava, mas ela nunca me respondia. Eu sabia que alí estava, com a promessa de me levar para uma viagem no tempo, - os olhos dela me diziam isso, e por mais que eu os desenhasse, nunca ficava satisfeito.
Meu cachorro sem nome me disse que Iolanda não existia e que eu estava ficando louco, mas eu sempre o retrucava e lhe dizia que sua idade ( 14 anos) o estava colocando em uma posição caduca mais clara do que a minha.
De fato Iolanda havia saído da minha imaginação, mas meu cachorro não podia saber disso, aliás ele nem deveria falar sobre isso comigo. Eu lhe disse, antes de ele morrer, que Iolanda havia partido para uma viagem muito distante e que eu ficaria sozinho se ele morresse. Pois não é que o cachorro sorriu e retrucou de forma irônica: você é jovem, e mulheres gostosas são o que não faltam.
Engraçado é que Iolanda não falou comigo, nem logo de cara, nem nunca, e eu lhe havia decorado todas as feições que ja não podia enganar nem meu cachorro caduco, de que ela jamais saíria da cor dos meus olhos, ou daquele quintal enorme de grama marrom que vagava pelo meu coração nas noites em que eu tinha medo.
3 comentários:
tudo bão?
surreal essa paixão,adorável!
"Pois não é que o cachorro sorriu e retrucou de forma irônica: você é jovem, e mulheres gostosas são o que não faltam."
ai preciso de um cachorro desses.
:D
gostei dos seus textos.
ana.
queria que minha cadela respondesse minhas perguntas... Infelizmente ela só late e as vezes nem me olha.
Ahhh... Iolanda!!!
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