
Nunca soube se aquele animal tinha nome, mas soube que por seus movimentos ele não tinha mais dono. O que aprendi com o perro é que se pode escolher aquilo que se será. É claro que um perro é só um perro, com um repertório limitado de escolhas. Mas um hombre também é só um hombre, e muitas vezes suas escolhas parecem ser bem menores do que bem maiores do que a de um perro. É óbvio que o cérebro do perro não possui tantas conexões complexas como o de um hombre, ao ponto de fazer com que consiga realizar transformações tão grandes em seu ambiente natural como um Hombre de inteligência comum realiza, levando-o a escolher seu destino a longo prazo. Todavia o cérebro do hombre às vezes também é enganado pelo cérebro do destino.
Consegui abstrair algo daquela experiência. É possível escolher quem seremos no minuto seguinte, mesmo quando a escolha é limitada pelo fato, mesmo quando ela nos leva a consequências trágicas, mesmo quando ainda com a mudança continuamos o mesmo e não mudamos nada. Claro que não é uma conclusão tão inédita, e que é, na verdade, tão velha quanto quem a formulou nos séculos passados, a seu modo que não do meu. Mas ainda sim é importante observar as manifestações que ocorrem a nossa volta, e captar não o que elas querem, mas o que elas podem dizer.
O perro poderia continuar do mesmo lado da calle, mas atravessou, poderia parar e esperar seu machucado sarar, mas continuou. O hombre poderia ter prestado mais atenção e freiado seu coche no devido momento, ou poderia nem ter saído de coche naquele dia, ou então nem ter comprado aquele coche. Por mais que o perro não soubesse de nada e agisse por instinto, ele sabia de algumas coisas, que da maneira dele, só ele vivenciara. Do mesmo modo que o hombre foi embora com seus medos sem freiar seu coche. Do mesmo modo que o coche levou consigo os danos do impacto.Nunca se sabe qual será o resultado de uma próxima escolha, não é mesmo?
2 comentários:
own, bem legal aqui *-*
e o texto é bem fofo.
Gostei, fez refletir...eu realmente gosto de textos assim! =)
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