domingo

Para maiores de 120 anos


Sei que hoje é um dia, mas não sei que dia é hoje: quanto o tempo andou desde o momento em que perdi meu relógio e fiquei aprendendo o sol, que nem sempre aparece, mas nunca desaparece pra sempre? Estrela que tem os ponteiros voltados para a imensidão de qualquer momento. E o que é que acontece quando se acaba a vida de aventuras e a vida pacata, quando se chega ao fim à intimidade do abrir de olhos em um dia de chuva que depois se abre em luz? Há momentos que passam, todos os momentos passam, mas há lembranças que por mais que se desgastem não desaparecem, essas são como o sol. Milhares de pessoas passarão pelas vidas de milhares de outras pessoas, sendo que umas ficarão e outras partirão. O tempo se encarrega de levar aparentemente tudo, até mesmo si próprio, mas sempre deixa um vestígio, que pode ser o de que o que foi felicidade não se pode ser esquecido. Mas o tempo não é inimigo, mesmo quando deixa a vida parecendo um arco-íris em preto e branco com um pote de ouro trancado à sete chaves no fim do longo caminho. O tempo só trabalha em função da vida, que tem validade, porém suplica ser bem vivida. O tempo não é esquecimento, é lembrança, é verdade. A verdade mais duradoura do tempo é a felicidade, que se estende no pequeno instante de um sorriso de alguém que se ama, que se chama... de amor.

2 comentários:

Ilaany Soares disse...

Peerfeito :)

Marina P. disse...

Sem definições para o que se chama TERNO...